Ousadia e modernidade para mitigar os eventos climáticos permanentes no Rio Grande Do Sul

Por Imprensa SEMAPI

Por Cecília Bernardi e Edgar Costa

O Rio Grande do Sul vem sofrendo com a alternância entre estiagens intensas, tempestades e chuvas extremas. Estes não são fenômenos isolados; ocorrem com cada vez mais intensidade e frequência e fazem parte do chamado aquecimento global. Por isso, a probabilidade de continuarem acontecendo é uma realidade com a qual temos que conviver.

 

A reconstrução do Estado após os eventos de maio de 2024 deve levar cerca de 10 anos, período em que novas intempéries devem ocorrer. Estamos diante de uma nova realidade, que exige abordagens complexas, pois afeta todos os aspectos da vida.  Diante disso, O SEMAPI propõe a criação de uma Fundação para organizar as ações e cenários necessários. A entidade terá a expertise de pesquisadores do quadro estadual, em especial aqueles que atuavam em fundações extintas. Aproveitando estes profissionais e a inteligência que o Estado já acumula, será possível desenvolver planos de reconstrução e reestruturação – pasmem! – sem custos para o executivo, uma vez que estes colegas estão à disposição, distribuídos em várias secretarias. São especialistas de várias áreas a serviço de novas soluções para o RS.

 

O conhecimento é público e tem mais força se for continuado, organizado e a serviço das necessidades da comunidade. Uma instituição – seja fundação, instituto ou centro de pesquisa – que organize e torne perene o conhecimento e as informações necessárias tanto para a reconstrução quanto para planejamento e tomada de decisões é fundamental. No formato que tenha, pode orientar legislações e reordenamento, além de interagir com outros setores de forma colaborativa.

 

E é isto que propomos: especialistas do quadro estadual organizados numa instituição pública para colaborar de forma ativa, propositiva e organizada com comitês científicos das universidades, com o governo e suas diversas secretarias, planejando e documentando o conhecimento que deve permanecer no Estado. Seja ele mínimo ou máximo, sem abrir mão da sua responsabilidade na gestão ambiental e de reconstrução do Rio Grande.