ABSURDO! Mais um acolhido da FPE perde a vida sob cuidados terceirizados

Por Imprensa SEMAPI

Inaceitável! Na terça (6), o SEMAPI recebeu a notícia do falecimento de um acolhido de 4 anos da Fundação de Proteção Especial (FPE) que estava sob cuidados terceirizados na Casa Menino Jesus de Praga. Em menos de 90 dias, esta é a terceira das 26 pessoas transferidas pela Fundação que perde a vida nesta instituição.

Diante deste absurdo, o Sindicato está acionando o Ministério Público, os conselhos de direitos e a Assembleia Legislativa, cobrando visitas técnicas e investigação sobre os ocorridos. O ofício denúncia enviado demanda, ainda, que ocorra fiscalização do trabalho pela Fundação.

Entenda

Em maio, alegando riscos em função das enchentes na capital, a FPE firmou um contrato emergencial com a Casa Menino Jesus de Praga para transferência temporária de 26 acolhidos do abrigo Cônego Paulo de Nadal – dentre eles, seis menores de idade. Este abrigo se caracteriza por atender pessoas com condições agravadas de saúde.

Colegas da Fundação relatam que as orientações sobre saúde e cuidados especiais dos acolhidos transferidos só foram passados à equipe da clínica um mês depois, em reunião sem a presença de agentes educadores, técnicos de enfermagem e enfermeiros – equipe familiarizada com as rotinas.

Impedidos de realizar visitas por 45 dias, trabalhadores e trabalhadoras da FPE só puderam ir à Menino Jesus de Praga em julho. Lá, encontraram acolhidos mais magros, pálidos e prostrados. Também perceberam que os mesmos não têm frequentado a escola nem ido aos atendimentos especializados na AACD, e que a clínica, apesar de bem estruturada, não tem preparo para os cuidados necessários a esta população. Em entrevista a veículos de comunicação, o próprio diretor da Casa afirmou que precisou contratar emergencialmente mais pessoas.

As estruturas do abrigo Cônego já estão secas, e os colegas, prontos para retomar os cuidados com os transferidos. Qual a intenção do governo e da FPE ao não trazer de volta acolhidos e acolhidas? Não permitiremos que mais pessoas percam a vida por NEGLIGÊNCIA DO ESTADO.