SEMAPI vai ao Conanda debater acolhimento institucional e demandas de colegas da FPE
Seguindo as agendas da diretoria colegiada do SEMAPI em Brasília, a terça (5) marcou um encontro com representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Na pauta, as dificuldades enfrentadas por trabalhadores e trabalhadoras da FPE.
Representantes do Sindicato apresentaram a situação vivida na Fundação a partir de dados fornecidos pela própria FPE e de relatos de trabalhadores e trabalhadoras. Um dos pontos mais sensíveis foi o atendimento de adolescentes em situação de risco, encaminhados à instituição em virtude de uma Ação Civil Pública. A própria gestão já pediu apoio do SEMAPI diversas vezes nesta questão. No entanto, este tipo de acolhimento não tem previsão legal, nem no ECA nem as políticas de assistência social, tornando os trâmites mais complexos.
Representantes do Conanda se disponibilizaram para realizar o debate junto com o Sindicato, que vai organizar, junto com a categoria, um relatorio sobre o assunto. Além disso, o documento ira abordar a questão dos desligamentos de adolescentes da instituição. Atualmente, o judiciário determina a saída dos jovens no momento em que completam 18 anos, mesmo sem a menor condição de sobrevivência fora da Fundação. O pós-acolhimento precisa ser debatido, ao que representantes do Conanda se mostraram muito sensíveis e abertos para auxiliar nas articulações necessárias para a resolução deste tema.
Uma das maiores causas de adoecimento entre colegas da FPE é de ordem psicológica, devido à angústia frente à impossibilidade de ajudar os adolescentes – que chegam já próximos da idade de desligamento, criando dificuldades de criação de vínculos e resultando em evasão e pouca efetividade do trabalho de acolhimento.
É preciso definir quem serão os protagonistas deste processo, e envolver toda a rede de assistência social em um debate sério sobre o papel de cada um no enfrentamento dos desafios deste cenário. Vale lembrar que o Conanda é um conselho com grande relevância, realizando com excelência seu papel de controle social. Seguiremos lutando pela construção coletiva e pela valorização deste serviço DE ESTADO. Nosso trabalho tem valor!