#8M: no mercado de trabalho, mulheres ainda sofrem com discriminação
Jornada tripla, disparidade salarial e preconceito na hora da contratação. Estes são alguns dos (muitos) desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho mais de 100 após a manifestação na Rússia que deu origem ao Dia Internacional da Mulher. Os avanços, ainda que mais lentos do que se necessita, vêm da força para a luta.
Estudo do DIEESE demonstra que, no 4º trimestre de 2023, as mulheres representavam a maioria dos desocupados (54,3%) – sendo 35,5% delas eram negras e 18,9%, não negras. Para as ocupadas, há ainda questões de disparidade salarial: o rendimento médio mensal das mulheres (R$ 2.562) no 4º trimestre de 2023 foi 22,3% menor do que o recebido pelos homens (R$ 3.323). Isso sem falar na dificuldade com temas como a maternidade. Segundo levantamento do site Empregos.com.br, o constrangimento começa na entrevista de emprego, e 56% das profissionais já foram desligadas ou conhecem outra mulher que foi demitida após a licença-maternidade.
Frente a estes dados, fica claro o tamanho do desafio enfrentado por mulheres e homens na busca por paridade nas relações de trabalho no Brasil. Enquanto é possível comemorar pequenos avanços, como a Lei 14.611/23 – que institui a igualdade salarial e instiga a criação de políticas mais contundentes nas empresas, como a proporcionalidade de mulheres em cargos de chefia –, ainda há muito o que avançar. Sindicatos, entidades de classe e movimentos sociais são fundamentais para que isso ocorra, pois têm o poder de pressionar gestores, políticos e patrões. No SEMAPI, as lutas são recorrentes para todas as diferentes necessidades da categoria. Com a proximidade de mais uma data-base, estamos construindo a pauta de reivindicações colocando algumas destas demandas no centro das atenções, especialmente aquelas históricas, como auxílio educação infantil para trabalhadoras do setor privado.
Ato na capital
Para marcar a data, acontece, nesta sexta (8), ato unificado das centrais sindicais no Centro de Porto Alegre. As atividades, descentralizadas, têm início às 16h30. Às 17h, haverá concentração na Esquina Democrática, onde haverá manifestações coletivas intercaladas com atividades culturais. A partir das 19h, uma caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares encerrará a programação.
O SEMAPI é parceiro da iniciativa, e convida todos e todas a se unirem às atividades. Pelas vidas e pela dignidade das mulheres!