Ainda em Operação Padrão, trabalhadores da FEPAM deflagram cerco contra desmatamento
Na última semana, foi deflagrada a primeira fase da Operação Tekohá, com o objetivo de autuar proprietários rurais envolvidos em crimes de desmatamento. Envolvendo cerca de 10 analistas ambientais da FEPAM em Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo e Alegrete, a Operação ocorre em meio à mobilização de trabalhadores e trabalhadoras da Fundação por reposição salarial.
Até o momento, 19 proprietários rurais já foram autuados, enquanto outros 10 foram notificados. Ainda há outros 42 sendo investigados. As multas podem chegar a R$ 9mil/hectare desmatado, dependendo da área em que o desmatamento ocorre. As autuações e o trabalho de investigação têm sido priorizados dentro da Operação Padrão em curso na FEPAM. “Entendemos que nosso trabalho é um serviço de Estado, e não podemos nos furtar a realizar este importante combate ao desmatamento. Ao mesmo tempo, todo o processo poderia ser mais ágil se o governo do Estado investisse em melhores condições de trabalho para a categoria, reconhecendo o valor do trabalho”, argumenta Rafael Fernandes, diretor colegiado do SEMAPI e trabalhador da Fundação.
A Operação Padrão na FEPAM foi deflagrada há cerca de dois meses, como estratégia de pressão sobre o governo do Estado dentro da Data-base 2023. De acordo com as deliberações da categoria, as licenças ambientais somente são emitidas depois de cumprirem todo o prazo máximo de tramitação, reuniões presenciais e/ou por videoconferência estão suspensas e, em dois da semana, não há atendimento externo. Outras entidades que fazem parte da base do SEMAPI também estão adotando operações-padrão. A próxima reunião de mediação com o governo do Estado acontece em 19/2 na Justiça do Trabalho.
FOTO: Divulgação/Comissão de Mobilização FEPAM