SEMAPI e secretário Luiz Henrique Viana debatem temas da FASE
No primeiro encontro oficial desde a posse, representantes do SEMAPI e o secretário dos sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, participaram de reunião nesta quarta-feira (1). Na pauta, diversos assuntos caros a trabalhadores e trabalhadoras da FASE.
O primeiro ponto abordado foi o relacionamento institucional da Secretaria com a categoria: os dirigentes sindicais relataram que a gestão anterior deixou uma impressão de que a Fundação estava relegada a segundo plano, sem o olhar necessário ao trabalho fundamental que a instituição presta à sociedade gaúcha. Por isso, a expectativa é de que a nova gestão mude de postura. O secretário confirmou a intenção de priorizar a FASE, e de manter um canal aberto com o Sindicato para tratar das demandas da categoria.
Além disso, representantes do SEMAPI apresentaram o tema da transposição, relatando o processo e demandando a elaboração de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS) – após a transposição se dar de fato –, processo do qual o Sindicato gostaria de participar. Também foram abordadas as diferenças entre os PCS de SUSEPE e FASE que, embora sob o guarda-chuva da mesma Secretaria, são muito distintos em termos de matriz salarial – estando a da Fundação muito defasada. O Sindicato pediu um olhar atento do secretário ao tema.
Também foi abordada a situação atual da FASE e de sua relação com o judiciário, e da dificuldade da Fundação de se adaptar de maneira ampla aos apontamentos da Justiça. A sensação que se cria é de que a FASE está à deriva, correndo apenas para responder ao poder judiciário, gerando problemas de saúde na categoria, que fica no meio do desentendimento entre a Fundação e a Justiça. Os sindicalistas também pediram o cuidado de compor quadros qualificados para a gestão da FASE, em especial no que tange às indicações políticas, para evitar o que se viveu nos últimos quatro anos. Foi abordada ainda a autonomia da entidade. Na última gestão, a Secretaria teve muita ingerência sobre a gestão da FASE, algo que não é comum e que, por vezes, emperra o trabalho. O SEMAPI pontuou esperar que, agora, haja mais autonomia. Isso, segundo o Sindicato, melhora não apenas a relação de trabalhadores e trabalhadoras com a direção, como também a do próprio Sindicato, nas muitas vezes em que precisa conversar com a presidência para tratar de demandas importantes.
Sobre a questão do PDV, foi frisado que o tema é muito caro ao Sindicato e aos colegas – que, em grande parte, têm interesse. Sua operacionalização seria benéfica para todos os lados, ainda mais frente ao concurso já realizado – e cujos aprovados ainda não foram chamados. Por enquanto, segundo o secretário, não há previsão de implantação. Seguimos em busca de diálogo para garantir direitos. Nosso trabalho tem valor!